Kip Winger – Manifesto Bar (São Paulo/SP) – 31 de Março de 2019
Postado em 05 de junho de 2019 | @ 20:05


Por Eliton Tomasi

Esse foi meu primeiro contato ao vivo com a música do Winger, banda que, atualmente, coloco entre as minhas 10 preferidas. Infelizmente não pude ver a banda ou mesmo Kip Winger solo nas turnês anteriores aqui no Brasil. Por isso mesmo confesso que desde o anuncio da turnê/show, embora o entusiasmo, o desejo maior seria o de ver um show elétrico com a banda toda.

Já assisti shows de proposta semelhante antes. Tomo como exemplo nesse caso o de Jon Anderson, ex-vocalista do Yes. Aliás, acho que o Winger tem muita mais de Yes do que de Mötley Crüe. Tanto musicalmente como de atitude artística (o próprio Kip Winger confirma isso nessa entrevista que fiz com ele:  https://www.valhalla.com.br/website/entrevista-com-kip-winger/

Assim como na apresentação de Jon Anderson, a opção de Kip Winger por um show minimalista e intimista é, por si só, um desafio. Pois as músicas do Winger são bastante elaboradas, por vezes complexas, e precisam ser desconstruídas para se adaptarem ao formato voz/violão ou piano/voz. E isso pode ser muito mais difícil de se fazer do que que o contrário.

Creditados então os méritos de Kip Winger – que sobram, diga-se de passagem – algumas canções mais fluídas como “Miles Away” – que permitiu a participação de uma garota da plateia – e “Headed For A Heartbreak”, obviamente funcionam melhor nesse formato, enquanto que em outros momentos como em “Rainbow In The Rose” ou “Spell I’m Under”, rola uma pequena perda de entusiasmo pela ausência dos momentos mais explosivos ou elaborados das músicas (especialmente os solos de Reb Beach fazem muita falta nesses momentos).

Mas, obviamente, nada disso interfere na qualidade ou na disposição da apresentação como um todo. Aliás, Kip Winger usa um violão de 12 cordas e trabalha bastante o primeiro par de cordas em E, tornando as músicas bem volumosas, mesmo com apenas um instrumento. O percussionista Robby Rothschild também contribuiu para isso com uma abordagem rítmica bastante precisa.

Como fã, gostaria de ter ouvido algumas músicas como “Under One Condition”, “Baptized By Fire” do segundo álbum “In The Heart Of The Young” – inclusive a faixa título – e também coisas mais novas do Winger, já que os trabalhos mais recentes do grupo são maravilhosos. Fica a expectativa do retorno, agora com a banda toda, conforme prometido pelo próprio Kip Winger ao fim dessa brilhante apresentação.

Créditos Fotos: Suzy dos Santos

 

 

 

 
 
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